Depois da licenciatura, é importante continuar a estudar. Apenas continuando a aprender estaremos preparados para enfrentar os constantes desafios. Quais? A todos os níveis, como nos métodos de gestão, estratégias de marketing ou no novo mundo digital que entretanto nasceu, mas acima de tudo ao nível da gestão de pessoas, com destaque para a liderança.
Acontece, porém, que nem todas as novas experiências de aprendizagem são positivas. Encontrar professores que lêem os slides, não acrescentando absolutamente mais nada além do que podemos ler, que não defininem claramente os métodos de avaliação e que preferem trabalhos com meras recensões bibliográficas, sem qualquer sentido crítico nem tão pouco qualquer reflexão, é redutor, desmotivante e desnecessário.
Não chega cumprir os conteúdos programáticos. Há que pensar na forma como são entregues. Há que definir estratégias para captar a atenção dos alunos. Há que pensar se vale a pena ser meramente expositivo, ou alternar com exercícios. Há que lembrar - e nunca esquecer - qual o propósito da formação: tornar as pessoas mais capazes. Saber dizer o que autor A ou B disseram é e sempre será pouco.
Sinceramente, se o ensino continua assim, digo, alto e a bom som: não vale a pena. Para isto, mais vale comprar os livros e lê-los. Vai dar ao mesmo. (Sai, aliás, mais barato)
"Walk the talk" - expressão tantas vezes usada no mundo das organizações, significa que uma pessoa faz as coisas de acordo com o que diz. As opiniões podem ser diferentes. Aliás, são opiniões diferentes que permitem que as pessoas e as organizações avancem e se desenvolvam. O que não pode acontecer é as pessoas dizerem que fazem e fazerem outra coisa. Falamos de integridade, um dos valores que as empresas gostam de apregoar. E o que é então a integridade? É escolher fazer o que implica coragem, em vez de fazermos apenas aquilo que nos deixa na nossa zona de conforto. É fazermos aquilo que está certo em vez de fazermos o que é fácil, rápido ou divertido. E é, acima de tudo, praticarmos os nossos valores. As pessoas íntegras são indivisíveis e têm uma só palavra. Por isso, se dizem que fazem, fazem mesmo - não arranjam desculpas. Walk the talk.
A questão não é do Estoril-Porto. A questão é outra e, clubismos à parte, colocar-se-ia com Benfica e Sporting.
Bem sei que os regulamentos são claros quanto a esta situação e, verificando-se que o Estoril não pode ser responsabilizado, como, aliás, já veio dizer o LNEC, o jogo tem de ser reatado. Ou seja, no dia 21 de fevereiro joga-se a segunda parte.
Será? É que, na minha opinião, o que se joga é uma segunda primeira parte. Os jogadores do Estoril vão chegar frescos e, com apenas 45 minutos para jogar, vão dar tudo por tudo.
Os do Porto também - poder-se-ia dizer. Sem dúvida!
Acontece, porém, que sabemos que qualquer equipa, quando joga com um grande, apresenta-se na segunda parte mais cansada, dá mais espaços e sofre mais golos. As equipas dos famigerados grandes são mais preparadas do ponto de vista do treino e, por isso, apresentam uma capacidade física superior.
Numa entrevista a um canal de televisão, o conhecido e reconhecido actor Matt Damon disse que não se podia pôr no mesmo saco uma pessoa que comete assédio sexual e uma outra que dá um apalpão numa mulher, mesmo que sem o seu consentimento.
Acrescentou, quase que adivinhando a sua futura defesa, que embora distinga as situações, não deixa de considerar errado o segundo comportamento.
Segundos depois das suas palavras e já as redes sociais estavam ao rubro, com muitos a criticar o actor.
Devemos, por se tratar da América, dar o devido desconto. Mesmo assim, é triste percebermos que, em pleno século XXI, o bom senso é hoje coisa rara.
As palavras do actor são cristalinas. A sociedade está a ficar virada do avesso.
Daqui a uns dias, no mesmo saco vão estar os pais que podem ser acusados de maus tratos e os pais que deram uma palmada ao filho por este estar a fazer uma birra.
Raríssimas: o assunto do momento. A única coisa de que não se fala - duvido que alguém saiba - é das doenças das crianças desta instituição. O que é esta instituição? Para que serve? Quem serve? O que tem feito? Quem defende?
E, de resto, fala-se de tudo o que não é raro, a começar por um primeiro ministro que vive noutro mundo, aquele perfeito em que tudo de bom é consequência da sua governação e tudo de mau é culpa de Passos Coelho, do PSD, da Europa, ou das circunstâncias.
Mais uma vez, com as Raríssimas estão um agora ex-secretario de Estado e um ainda (ninguém sabe como) ministro - Vieira da Silva. Sobre esta associação ao governo - que também, infelizmente, já não é raro - já pouco se fala. O foco está na sua presidente. Pouco ou nada se fala da responsabilidade de Vieira da Silva, que, segundo parece, até assinou actas de reuniões a que não compareceu.
Viva o PS, viva esta governo que até tem o presidente do Eurogrupo.
Lembram-se da imagem? Um menino com ar de tótó a chegar a Bruxelas e a cumprimentar os seus ídolos? Os seus ídolos a olhar para ele com ar de "quem é esta ave rara?!".
Passados dois anos, Centeno é candidato a presidente do Eurogrupo. Só pode ser por uma razão: competência. Centeno conquistou o respeito dos seus pares, ao ponto de ter o apoio da Alemanha nesta sua candidatura.
Como bons portugueses, estamos todos orgulhosos e de peito bem feito. Assim seja!
Entretanto, repare-se no ridículo: Centeno faz parte de um governo português, assente numa geringonça, que ainda nada provou. Faz parte de um governo que teve os piores três meses de qualquer governo - Tancos e os incêndios são para esquecer? E os funcionários públicos?
Mesmo assim, é candidato e isso já ninguém lhe tira. Com isto, Costa distrai novamente a atenção. Do mais habilidoso que há!
Ontem, logo a seguir ao jogo, Rui Vitória disse: "pensaram que iríamos sair daqui a 8 pontos..." Depois, ao acrescentar mais alguma da sua habitual poesia, lá se percebeu que estava a ser irónico.
Eu diria que todos aqueles que viram o jogo pensaram efectivamente nisso. Diria até que, depois de analisados os lances polémicos - golo mal anulado e penalti por marcar por falta do Luisão -, o pensamento foi "como sai o Benfica com dois pontos?!
Do outro lado, Sérgio Conceição não aguentou e falou de arbitragem. Resumiu bem: "em cinco dias, tiraram-nos 4 pontos". Daí, disse o óbvio "contra tudo e contra todos".
Vamos ver se tem força (e eficácia na hora de rematar à baliza) para aguentar esta fase. Este é o momento da verdade para Conceição. Até há uma semana, tudo corria de feição. Agora sim, na dificuldade, é que vamos ver a sua capacidade de liderança.
Quando recebemos feedback, será a forma importante? Sim, claro. E, quando a forma é incorrecta, num tom agressivo ou mesmo pouco educado, podemos criticar a forma como nos dão o feedback? Obviamente que sim.
O que não podemos - e este é o maior erro, principalmente daquelas pessoas que se tornam vítimas - é ficar por aí, pela forma como foi dado o feedback. Mesmo quando a forma não é correcta, temos de reflectir sobre os factos em causa (deixando a forma de lado) e temos de nos pôr em causa. A pergunta é simples: independentemente de não ter gostado da forma como comigo falaram, aquilo que disseram faz sentido? Os aspectos referidos são verdadeiros? Se sim, o que se passou? Para lá dos circunstancialismos - sempre existentes -, do ponto de vista estrutural, o que me levou aos erros? O que posso fazer para alterar a situação? O que vou fazer para não falhar?
Cada um escolhe: ou se fica pela análise e crítica da forma como é dado o feedback, ou reflecte, põem-se em causa, analisa, define um plano de acção e avança - com a humildade para reconhecer as suas falhas em vez de arranjar desculpas.
Todas as pessoas têm coisas boas e más. Básico. Vamos mais longe: algumas pessoas fazem questão de potenciar o seu lado pior. Não aguentam. É mais forte. Está-lhes no sangue. Não me refiro a defeitos. Esses todos os temos. Falo, antes, do diz que disse, do dizer nas costas, na falta de frontalidade. Não há nada mais reles, mais poucochinho, mais pequenino do que uma pessoa que não assume perante a equipa o que diz apenas para o lado.
Estas pessoas, seja qual for a sua produtividade, seja qual for a sua implicação no resultado da empresa, são destrutivas, principalmente do ambiente organizacional.
Numa equipa, há sempre elementos mais alinhados com a organização, mais envolvidos, mais empenhados, mais esforçados do que outros. Isto é garantido.
O que devia ser garantido - e não é em demasiadas empresas - era o foco da liderança em dispensar (depois do processo de aculturação ter falhado) estas pessoas.